Certos filmes dos quais assistimos enquanto
crianças permanecem irretocáveis em nossos corações. Outros não. Às vezes,
filmes que nos marcaram naqueles primeiros anos de vida podem perder o encanto
quando revisitados na fase adulta. No fim das contas, só há um jeito de saber.
No caso de Jurassic Park: O Parque dos
Dinossauros, cada vez que o assisto é como se fosse a segunda, pois a
primeira, em uma sala de cinema aos sete anos de idade, não possui equivalente.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
(Jurassic Park, 1993)
Dirigido
por Steven Spielberg em um ano formidável em sua carreira (1993 também viu o
lançamento de outra obra-prima sua, o sensacional A Lista de Schindler), Jurassic
Park foi um estrondoso sucesso mundial. Permaneceu como a maior bilheteria
de todos os tempos, com valores não ajustados para inflação, por quase cinco
anos, até ser ultrapassado com folga por Titanic
em 1998. O enorme sucesso do filme dos dinossauros se deu não apenas por
sua estória e personagens envolventes, mas também por ter sido um marco da
computação gráfica à época (a meu ver, juntamente com O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, de dois anos antes)
e utilizar animatronics de forma tão
convincente.
A
narrativa, baseada no livro homônimo de Michael Crichton, lançado em 1990, nos
apresenta a John Hammond (o finado Richard Attenborough), o bilionário criador
do parque e fundador da InGen, corporação responsável por “ressuscitar” os
dinossauros através da manipulação genética. Após um incidente que resulta na
morte de um dos funcionários, seus investidores o pressionam para que
especialistas possam verificar se o parque é de fato seguro antes de poder
abri-lo ao público. Para tal, Hammond contata o paleontólogo Alan Grant (Sam
Neill), acompanhado de sua parceira e colega paleobotânica Ellie Sattler (Laura
Dern), enquanto o advogado Donald Gennaro (Martin Ferrero), representante dos
investidores de Hammond, convoca o matemático e especialista em Teoria do Caos
Ian Malcolm (Jeff Goldblum). Assim sendo, os cinco partem para Isla Nublar,
onde o parque é situado, enquanto Hammond mantém segredo sobre suas atividades,
a fim de surpreender os demais, sobretudo Dr. Grant.
Para
conseguir o aval de Grant e Malcolm, Hammond organiza um passeio pelo parque para
os convidados, incluindo seus netos Lex (Ariana Richards) e Tim (Joseph
Mazzello). Enquanto isso, Dennis Nedry (Wayne Knight), o analista e
desenvolvedor do sistema computadorizado do parque, planeja sabotar as
atividades do grupo em prol do benefício próprio. Destinados a virar comida de
dino, Grant e Cia lutarão pela sobrevivência em um ambiente absolutamente
hostil, enquanto Hammond, o guarda florestal Robert Muldoon (Bob Peck) e o
engenheiro chefe Ray Arnold (Samuel L. Jackson) tentam restaurar o sistema e as
funcionalidades do parque.
Jurassic Park é um filme recheado de
cenas marcantes. A mais memorável de todas, quando o filme realmente decola,
envolve a primeira aparição do T-Rex
e o subsequente ataque aos carros. A ausência da trilha sonora deixa tudo muito
mais tenso por dar ênfase aos sons ambientes e rugidos épicos do carnívoro.
Outro momento tenso e genial envolve os ainda mais letais Velociraptors perseguindo as crianças dentro de uma cozinha – e, já
que os mencionei, vale lembrar que os T-Rex
e Velociraptors, embora não sejam os
mesmos no decorrer dos filmes, são os reais protagonistas da franquia, e não
apenas por ter a palavra Jurassic no
título.
Os
personagens de Sam Neill e Jeff Goldblum também merecem destaque. Grant é um
homem que odeia crianças e que, por ironia do destino, ficará encarregado de
proteger Lex e Tim dos perigos da ilha, o que mostra seu real caráter:
acreditamos nele quando afirma “mas não é
isso o que farei” ao ouvir de uma das crianças que elas foram abandonadas
em uma situação de perigo. Já Malcolm é um ser extremamente racional e
inteligente cujas teorias proferidas na primeira metade da projeção revelam-se
fatos durante a última hora. Além de possuir um grande senso de humor, é um
cafajeste nato, constantemente tentando o flerte com Ellie, ainda que na
presença de Grant.
E o
que dizer sobre a trilha sonora do grandioso John Williams, compositor de
alguns dos temas mais famosos do Cinema (Superman,
Indiana Jones, Star Wars, Tubarão,
etc.)? Aqui ele entrega mais um score maravilhoso
e inesquecível – me arrepio sempre que ouço o tema de Jurassic Park em qualquer um dos quatro filmes. Os efeitos
especiais continuam impressionantes mesmo nos dias atuais, embora tenham sido
aprimorados consideravelmente nas continuações. Independentemente, Jurassic Park, com toda sua pompa,
permanece uma obra atemporal e implacável.
Nota: *****
O Mundo Perdido: Jurassic Park (The Lost
World: Jurassic Park, 1997)
Devido
ao sucesso de Jurassic Park,
Spielberg pressionou Michael Crichton a escrever uma continuação para seu
livro. Assim sendo, The Lost World chegou
às livrarias em 1995, e a produção do segundo filme, também dirigido por
Spielberg, logo começou. Na trama, John Hammond, já debilitado pelas inúmeras
primaveras, revela a Ian Malcolm a existência da Isla Sorna – situada a 87
milhas da Isla Nublar – onde os dinossauros foram criados antes de ser
transferidos para o parque. Ao ser informado sobre um furacão que acabaria por
destruir o complexo da InGen na ilha, Hammond ordenou que os animais fossem
soltos a fim de sobreviverem e viverem livremente, sem qualquer interferência
humana. Entretanto, quatro anos depois, devido a outro incidente de gravidade
menor envolvendo uma criança explorando a costa da ilha, Hammond acaba afastado
do comando da InGen e seu sobrinho inescrupuloso Peter Ludlow (Arliss Howard)
passa a assumir as rédeas, planejando invadir a ilha para capturar alguns
espécimes e poder abrir uma nova versão do Jurassic Park em San Diego e, assim,
gerar lucro e reerguer a corporação.
Para
evitar que isto aconteça, Hammond pretende enviar um grupo de pessoas à Isla
Sorna para poder documentar os dinossauros em seu habitat natural e assim
manter a opinião pública ao seu lado, com o propósito de preservar os
dinossauros e fazer desta sua chance de redenção. Malcolm, obviamente,
recusa-se a retornar àquele mundo jurássico de onde quase não saiu vivo anos
antes. Antecipando sua recusa, Hammond revela que já havia enviado Sarah
Harding (Julianne Moore), uma paleontóloga comportamental e namorada de
Malcolm, à ilha. Ele, temendo a morte da amada, se vê obrigado a resgatá-la,
acompanhado do resto da equipe – o especialista em equipamento Eddie Carr
(Richard Schiff) e o documentarista e ambientalista Nick Van Owen (Vince
Vaughn). Kelly (Vanessa Lee Chester), filha de Malcolm, acaba indo junto sem
que seu pai saiba. Na Isla Sorna, a equipe enfrentará, além de dinossauros, o
vasto grupo de mercenários comandado pelo caçador Roland Tembo (Pete
Postlethwaite) e supervisionado por Ludlow.
The Lost World é um filme muito
diferente de Jurassic Park. É muito
mais denso e sombrio e não envolve o parque do filme original (o subtítulo foi
inserido apenas como estratégia de marketing).
Quase todas as cenas se passam à noite (excelente trabalho de cinematografia) e
o número de defuntos aqui é muito mais expressivo. Não foi feito para todas as
idades e não tem tantas cenas memoráveis como no anterior. Devido a todas estas
mudanças, a continuação não foi muito bem recebida à época de seu lançamento e
as pessoas que preferem sempre o “mais do mesmo” continuam torcendo o nariz
para ela até os dias atuais. Reassistindo The
Lost World sem preconceitos para poder escrever este artigo, posso afirmar
que, embora seja inferior à Jurassic Park
(convenhamos, nenhum roteiro poderia ser tão bom quanto o do original),
trata-se de uma sequência digna por possuir uma boa estória a contar e expandir
aquele universo, tornando-o mais rico e complexo.
O
tom do filme também é refletido no personagem de Jeff Goldblum – Ian Malcolm agora
é um homem amargurado, em decadência profissional após tentar expor todo o
horror que presenciou na Isla Nublar quatro anos antes (afinal, quem iria
acreditar em um homem que diz quase ter sido comido por dinossauros?). O melhor
personagem do primeiro filme perde todo o seu encanto aqui, e não digo isso
como uma crítica, pois, dadas as circunstâncias, faz todo o sentido.
Steven
Spielberg merece meu respeito por ter criado em The Lost World, a meu ver, uma sequência tão sensacional quanto
aquela de Jurassic Park envolvendo o T-Rex e um carro. Desta vez, temos dois T-Rex e um trailer à beira de um precipício. Novamente, não há trilha sonora e
a tensão é bem grande. Todavia, infelizmente os Velociraptors não foram tão bem aproveitados e suas cenas são
alguns dos momentos mais fracos do filme, como a perseguição nas ruínas do
complexo da InGen. O elenco não faz feio, mas gostaria de destacar Vince
Vaughn, por não ter pisado na bola com um papel mais interessante e exigente do
que aqueles que costuma interpretar, e Pete Postlethwaite por seu personagem
ambíguo, afinal passamos boa parte da projeção sem ter certeza das reais
intenções do caçador Tembo. Do primeiro filme, ainda temos uma breve aparição
de Ariana Richards e Joseph Mazzello.
No
fim das contas, The Lost World não é
um filme perfeito, mas caso você, assim como eu, gosta de continuações
diferentes (contanto que se justifiquem), tanto em tom quanto narrativa, a
experiência pode acabar sendo satisfatória.
Nota: ****
Jurassic Park III (idem, 2001)
Se
muitas pessoas não aprovaram The Lost
World, foi com o terceiro filme que as coisas realmente ficaram feias.
Spielberg transferiu a direção para Joe Johnston e as filmagens atrasaram, pois
o roteiro entregue não havia agradado a ambos. Durante todo o processo de
filmagem, sequer havia um roteiro pronto, o que jamais é um bom sinal. Muita
coisa foi feita nas coxas.
O
resultado se chama Jurassic Park III
e traz de volta Alan Grant, famoso por ter sobrevivido aos acontecimentos na
Isla Nublar (àquela altura do campeonato, os dinossauros já eram de
conhecimento público devido aos eventos mostrados no terceiro ato do filme
anterior), porém enfrentando dificuldades financeiras para continuar com suas
escavações. Portanto, ele é facilmente convencido a acompanhar o rico casal
Paul (William H. Macy) e Amanda Kirby (Téa Leoni) em uma turnê aérea pela Isla
Sorna para poder orientá-los sobre os dinossauros da ilha. Ao chegar lá, Grant
e seu colega assistente Billy Brennan (Alessandro Nivola) descobrem que se
trata de uma missão de resgate, pois Erik (Trevor Morgan), filho do casal,
havia desaparecido na região semanas antes. Ao terem o avião destruído em um
ataque, Grant e Cia precisam achar uma forma de chegar à costa e enviar um
pedido de socorro. E é isto. Esta é a sinopse de Jurassic Park III.
(Título
esse que, diga-se de passagem, sequer faz sentido. Seria mais justo chamá-lo de
The Lost World - Part II, já que
também se passa na Isla Sorna, o que também não faria tanto sentido assim, já
que aquele mundo não está mais “perdido”. Que tal Jurassic Island ou Jurassic
Part III? Mas apenas divago. Pararei por aqui.)
Nada
do que acontece no filme adiciona à narrativa geral da franquia, afinal as
estórias daquela ilha e de Grant já haviam sido satisfatoriamente contadas e
desta vez temos apenas menção a John Hammond e vemos o laboratório abandonado
da InGen (Malcolm e o incidente em San Diego também são brevemente mencionados,
o que prova que os roteiristas ao menos se preocuparam com continuidade). A
“trama” é totalmente confinada àquele lugar e momento e é algo que já vimos
antes. Embora seja cerca de 35 minutos menor do que os outros três filmes,
este, sem dúvida, parece o mais longo por sua falta de ritmo – trata-se de um
apanhado de sequências de ação com pausas para descanso. Jamais há a construção
da tensão, tão presente em Jurassic Park e
The Lost World. O dinossauro “do mal”
apresentado no filme, o Spinosaurus,
não chega a ser tão marcante e rouba bastante tempo de tela dos Raptors e, sobretudo, do bom e velho Rex, reduzido a uma ponta de luxo.
Voltando
às cenas de ação, estas ao menos são bem estruturadas, como as ótimas
sequências no aviário (envolvendo os Pteranodons)
e no rio, e os efeitos especiais são, como é tradição na franquia,
maravilhosos. Mas para por aqui. Um filme não se sustenta com apenas estes
fatores. Com exceção feita a Sam Neill, que carrega o filme nas costas, todo o
elenco, mesmo contando com nomes competentes, parece estar ali apenas pelo
contracheque. Seus personagens são muito burros e sabemos quem sairá vivo dessa
e quem virará presunto desde o começo. É uma pena constatar que a aparente
despedida de Neill e Laura Dern (que tem duas breves aparições aqui) da
franquia é muito menos honrosa do que a de Jeff Goldblum e Richard Attenborough
no capítulo anterior, pois Jurassic Park
III é preguiçoso, desnecessário e esquecível.
Nota: **
Jurassic World: O
Mundo dos Dinossauros (Jurassic World, 2015)
Com o desastre que foi o filme de 2001, Spielberg decidiu
tomar mais cuidado com a terceira continuação de Jurassic Park. Anos foram gastos no desenvolvimento de um roteiro
decente, fazendo com que a produção e a data de lançamento do longa fossem
sempre adiadas. O diretor da vez, Colin Trevorrow, era relativamente
desconhecido e aparentemente inexperiente. O elenco original não retornaria.
Tinha tudo para dar errado novamente, mas não foi o que aconteceu: Jurassic World chegou às telonas 14 anos
após o último filme para reconquistar os fãs do original e, no processo,
abocanhar o interesse de toda uma nova geração.
Jurassic World nos
traz de volta à Isla Nublar após 22 anos. O parque foi finalmente aberto,
atraindo visitantes de todas as partes do mundo, com um público diário estimado
em vinte mil pessoas. Entretanto, os dinossauros passaram a ser banalizados,
sobretudo pelas crianças, que os encaram como se fossem elefantes e veem o
parque como um grande zoológico. Para aumentar o interesse do público, os
cientistas da InGen, liderados pelo Dr. Henry Wu (B.D. Wong), desenvolvem um
novo dinossauro, maior, mais poderoso e com mais dentes, chamado Indominus Rex, que não tarda a fugir de
seu cativeiro, causando estragos e fazendo vítimas por toda a ilha, ao mesmo
tempo em que os irmãos Zach (Nick Robinson) e Gray Mitchell (Ty Simpkins),
sobrinhos de Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), a chefe de operações do
Jurassic World, estão desaparecidos. Para tentar encontrá-los, ela conta com a
ajuda de Owen Grady (Chris Pratt), adestrador e especialista em Velociraptors.
Enquanto isso, na sala de operações, Simon Masrani (Irrfan
Khan), o dono do parque, coordena missões para tentar capturar o Indominus com a assistência dos
funcionários Vivian (Lauren Lapkus) e Lowery (Jake Johnson), mantendo constante
contato com Claire pelo telefone. Já Vic Hoskins (Vincent D’Onofrio), o chefe de
operações de segurança da InGen, pretende tirar proveito da situação para
testar a lealdade dos quatro Raptors
treinados por Grady, pois tem planos para transformar os espécimes em armas de
combate no futuro.
Jurassic World é uma grande homenagem a Jurassic Park, trazendo inúmeras
referências ao filme original e provocando a nostalgia naqueles que se
maravilharam em 1993 (eu, particularmente, me senti como uma criança de sete
anos de idade novamente). Sumariamente ignorando os eventos de The Lost World (que tornariam a abertura
do parque impossível) e Jurassic Park III
(por ser uma porcaria que todo mundo quer esquecer) e, consequentemente, a
existência da Isla Sorna, o quarto filme pode até ser considerado uma
continuação alternativa do original. Além de diversas menções a John Hammond,
ainda temos a volta de dois personagens de Jurassic
Park, sendo apenas um deles humano (Dr. Henry Wu, aqui com um pouco mais de
tempo de tela – o outro personagem, embora apareça brevemente no primeiro ato,
mostra a que veio apenas no épico clímax da projeção). Os Velociraptors, mal aproveitados nos dois filmes anteriores, voltam
a ter um papel fundamental desta vez.
Utilizando
bem mais computação gráfica do que animatronics,
Jurassic World tem um visual muito
convincente em boa parte do tempo. Há alguns momentos em que seu uso chega a
ser óbvio demais, como nas aparições do Mosasaurus,
mas que não comprometem o resultado final. Vale destacar a trilha sonora de
Michael Giacchino, que cria belos temas originais além de retrabalhar aqueles
inesquecíveis criados por John Williams. Já o diretor Colin Trevorrow nos
lembra que inexperiência não significa necessariamente incompetência, trazendo
a tensão – tão ausente no filme anterior – de volta e nos permitindo
compreender o tempo-espaço em cada uma das várias cenas de ação com facilidade,
sem apelar para cortes constantes, cada vez mais comuns em blockbusters de ação.
Graças
à competência e carisma de Bryce Dallas Howard e Chris Pratt, a química entre
os protagonistas é interessante, pois, logo em sua primeira cena juntos, já
fica claro que há certa tensão sexual (e desconforto por parte da moça) entre
Claire e Owen, mesmo com suas personalidades e estilos de vida tão distintos:
Owen é um macho alfa acostumado a lidar com feras mortais e viver em um bangalô
à beira de um precipício (talvez uma leve referência à The Lost World?), enquanto Claire é uma mulher de negócios
solteira, independente e extremamente organizada que, de acordo com Owen, vê
humanos e animais como números em uma planilha. Sua transformação no desenrolar
da trama soa orgânica, pois ela não vira fodona de um momento ao outro. Os
personagens coadjuvantes também não fazem feio, embora os irmãos Zach e Gray
possam parecer irritantes a princípio.
Com
o melhor terceiro ato de toda a franquia, Jurassic
World resgata o prestígio que a mesma um dia teve e prepara o terreno para
o futuro dos dinossauros no Cinema. Jurassic
Park continua imbatível (provavelmente sempre será), mas Jurassic World, com todas as suas
autocríticas, não fica muito atrás, o
que já é uma grande vitória para o filme e os fãs.
Nota: *****