Highlander: O Guerreiro Imortal é um
filme de Russell Mulcahy baseado no roteiro escrito por Gregory Widen quando
este ainda estudava na UCLA. A história, passada em 1985, se concentra em
Connor MacLeod (Christopher Lambert, bem canastrão), um dos últimos Imortais da
Terra, durante o clímax da batalha de séculos entre guerreiros Imortais. No
fim, só pode haver um.
Diferente
do que muitas pessoas pensam, ao menos no Brasil, um highlander não é um Imortal, como muitos se referem em piadinhas
nas quais ninguém se machuca ou morre. Trata-se de uma pessoa oriunda das
Terras Altas, ou seja, Highlands, a zona montanhosa do norte da Escócia. É o
caso de MacLeod e seu clã de mesmo nome.
Highlander intercala passado e presente.
Nos flashbacks, aprendemos sobre as
origens de Connor quando este ainda era membro do clã MacLeod, como ele foi
expulso do mesmo acusado de bruxaria por ter sobrevivido a um ferimento fatal,
como conheceu seu primeiro amor, Heather (Beatie Edney) e como aprendeu a arte
da luta com espadas com seu mentor, o também Imortal Ramírez (Sean Connery).
Também somos apresentados ao vilão do filme, o Kurgan (Clancy Brown, em
interpretação icônica), um sádico mercenário Imortal obcecado por matar Connor
desde o primeiro encontro de ambos.
Já
em 1985, os últimos Imortais duelam. A única forma de matá-los é os
decapitando, o que obviamente chama a atenção da Polícia, especialmente Brenda
Wyatt (Roxanne Hart), uma especialista em espadas antigas que se convence de
que Connor – agora dono de uma loja de antiguidades – possa ter algum tipo de
envolvimento com as cabeças decepadas. Ela acaba se apaixonando por ele. Ao
mesmo tempo, o Kurgan chega à Nova York e começa sua busca por MacLeod, a fim
de ser o último Imortal e ganhar o Prêmio que, para ele, significa tornar-se o
mais poderoso ser da Terra. Para MacLeod, uma chance de tornar-se mortal e
poder constituir uma família.
As
cenas do passado de Connor MacLeod são os melhores momentos do filme,
especialmente o treinamento com Ramírez, o hilário duelo com um Conde em 1783 e
quando Connor conhece a garotinha Rachel durante a Segunda Guerra. Entretanto,
o mesmo não pode ser dito das cenas passadas em 1985, que apresentam uma trama
pouco interessante e até mesmo fraca, sendo que os únicos bons momentos são as
cenas em que o Kurgan aparece.
A
produção é bem datada. A qualidade do áudio não é das melhores e dificilmente
se entende o que os personagens falam em certos momentos sem ter que aumentar
bastante o volume. Os efeitos também são limitados devido à época e o orçamento
mais modesto. Um dos melhores pontos a ser mencionados é o uso de diversas músicas
do Queen em momentos pontuais da projeção. Who
Wants to Live Forever é uma bela balada que serve como tema romântico,
enquanto a pesada Princes of the Universe
é o hino dos Imortais – seu videoclipe, inclusive, contém cenas do filme e um
breve duelo entre o microfone de Freddie Mercury e a katana de MacLeod.
Highlander: O Guerreiro Imortal não foi
planejado para ter continuações. O que acompanhamos aqui realmente deveria ter
sido o desfecho dos Imortais, mas o oportunismo reinou e outras continuações
acabaram saindo, as quais eu não vi (exceto Highlander
III, mas há tanto tempo que não me lembro de quase nada, apenas de que se
tratava de uma cópia bem inferior do primeiro). Tudo o que sei é que são filmes
ruins seguidos de outros piores.
Nota: ***
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