Levei
muitos anos para ver este filme. Muitas pessoas ao longo do caminho o
recomendaram. Até ganhei uma cópia que ficou engavetada por anos. Isto é, até a
morte de Robin Williams. Ele foi meu ídolo de infância. Me divertia bastante
vendo alguns de seus filmes como Uma Babá
Quase Perfeita, Hook: A Volta do
Capitão Gancho e Jumanji, mas,
como um pirralho, jamais havia me interessado em sua faceta mais dramática,
embora algumas nuances possam ser identificadas nestes mesmos filmes
mencionados acima.
Sociedade dos Poetas Mortos narra a
história de alguns dos alunos da conservadora escola Welton Academy durante o
ano de 1959 e o impacto causado em suas vidas com a chegada do novo professor
de Língua Inglesa, John Keating (Williams), e seu pouco ortodoxo método de
ensino, diferenciando-o dos demais professores, todos carrancudos e rígidos.
Afinal, tratava-se de uma escola séria. Keating os ensina a beleza e o poder da
Poesia e o conceito do carpe diem –
em bom Português, a “Teoria do Foda-se” – além de revelar-lhes um segredo
datado da época em que ele próprio era um aluno, o mesmo que dá título ao
filme.
Dirigido
por Peter Weir a partir do roteiro de Tom Schulman baseado em sua vida escolar,
Sociedade dos Poetas Mortos conta com
boas atuações de todo o elenco, desde os então garotos Josh Charles, Gale
Hansen e Robert Sean Leonard (este último como o sonhador Neil, o real
protagonista da história), passando pelos já experientes Norman Lloyd, Kurtwood
Smith e, claro, Robin Williams que, se não tem o tempo de tela esperado, rouba
a cena sempre que aparece.
O
grande problema que constatei ao finalmente assistir a Sociedade dos Poetas Mortos é que o filme não é tudo aquilo que me
haviam dito. Trata-se de belas mensagens, obviamente, como o já citado carpe diem, além de mostrar a
dificuldade em ser um adolescente nos anos 50, quando o grau de
responsabilidade imposto pelos pais os privavam de suas paixões e convicções. Porém,
em uma história por vezes cansativa, como em alguns momentos da revivida
“sociedade”, sendo que o grande atrativo é o aprendizado provido pelas aulas do
professor Keating, dentro e fora de sala. O desfecho também é desfavorável por
espelhar o de Bom Dia, Vietnã, também
estrelado por Williams e lançado dois anos antes.
Nota: ***
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