quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989)

Levei muitos anos para ver este filme. Muitas pessoas ao longo do caminho o recomendaram. Até ganhei uma cópia que ficou engavetada por anos. Isto é, até a morte de Robin Williams. Ele foi meu ídolo de infância. Me divertia bastante vendo alguns de seus filmes como Uma Babá Quase Perfeita, Hook: A Volta do Capitão Gancho e Jumanji, mas, como um pirralho, jamais havia me interessado em sua faceta mais dramática, embora algumas nuances possam ser identificadas nestes mesmos filmes mencionados acima.


Sociedade dos Poetas Mortos narra a história de alguns dos alunos da conservadora escola Welton Academy durante o ano de 1959 e o impacto causado em suas vidas com a chegada do novo professor de Língua Inglesa, John Keating (Williams), e seu pouco ortodoxo método de ensino, diferenciando-o dos demais professores, todos carrancudos e rígidos. Afinal, tratava-se de uma escola séria. Keating os ensina a beleza e o poder da Poesia e o conceito do carpe diem – em bom Português, a “Teoria do Foda-se” – além de revelar-lhes um segredo datado da época em que ele próprio era um aluno, o mesmo que dá título ao filme.

Dirigido por Peter Weir a partir do roteiro de Tom Schulman baseado em sua vida escolar, Sociedade dos Poetas Mortos conta com boas atuações de todo o elenco, desde os então garotos Josh Charles, Gale Hansen e Robert Sean Leonard (este último como o sonhador Neil, o real protagonista da história), passando pelos já experientes Norman Lloyd, Kurtwood Smith e, claro, Robin Williams que, se não tem o tempo de tela esperado, rouba a cena sempre que aparece.

O grande problema que constatei ao finalmente assistir a Sociedade dos Poetas Mortos é que o filme não é tudo aquilo que me haviam dito. Trata-se de belas mensagens, obviamente, como o já citado carpe diem, além de mostrar a dificuldade em ser um adolescente nos anos 50, quando o grau de responsabilidade imposto pelos pais os privavam de suas paixões e convicções. Porém, em uma história por vezes cansativa, como em alguns momentos da revivida “sociedade”, sendo que o grande atrativo é o aprendizado provido pelas aulas do professor Keating, dentro e fora de sala. O desfecho também é desfavorável por espelhar o de Bom Dia, Vietnã, também estrelado por Williams e lançado dois anos antes.

Nota: ***

Nenhum comentário:

Postar um comentário