quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Sob a Pele (Under the Skin, 2013)

Scarlett Johansson é uma daquelas atrizes que se esforça quando quer. A grande verdade é que, honestamente, há muitas pessoas que apenas assistem a seus filmes por ela ser um colírio para os olhos. Realmente, ela é uma das mulheres mais belas e desejadas da atualidade, mas isso não torna seu trabalho bom o suficiente para chamar minha atenção sempre que surge um filme novo. Tendo isto em mente, concordei em assistir Sob a Pele apenas quando me foi feita a promessa de que Johansson apareceria pelada no filme. Sim, fui hipócrita. E me ferrei.


Sob a Pele é um filme de arte dirigido por Jonathan Glazer sobre uma alienígena que usa suas belas carnes (a pele roubada de uma humana) para oferecer carona e seduzir homens, atraindo-os ao seu “apartamento” e os matando em seguida. Após um tempo, ela passa a ter algumas emoções humanas e tenta viver uma vida normal aos poucos. Enquanto isso, um homem misterioso que a ajudou no começo da trama atravessa a Escócia de moto à sua procura.

Não bastasse a premissa esquisita, o filme, por ser de arte, é arrastadíssimo e muito pouca coisa realmente acontece em 108 minutos de projeção. Há longas sequências sem nenhuma forma de diálogo e, quando surgem, são normalmente escassos ou monótonos. Muita coisa é deixada sem explicação e, pelas minhas pesquisas, apenas quem leu o livro entendeu plenamente o filme, o que acho inaceitável. Não sou obrigado a ler um livro para compreender um filme adaptado dele, apesar de que minhas próprias interpretações não destoaram tanto do que é explicado no material de origem, o qual pesquisei posteriormente.

Em se tratando de cinematografia (Daniel Landin faz um ótimo trabalho com a iluminação e os tons empregados às cores), as poucas boas cenas do filme ocorrem dentro do “apartamento” de Johansson, onde ela tira a roupa e vai se afastando, fazendo com que os homens, cachorrinhos que são, caminhem em direção a ela, subsequentemente caindo em sua armadilha. Em certo momento, vemos o que acontece quando dois deles estão presos nela. Um momento de certo humor em um exigente exercício de paciência.

Nota: **

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