Scarlett Johansson é uma daquelas atrizes
que se esforça quando quer. A grande verdade é que, honestamente, há muitas
pessoas que apenas assistem a seus filmes por ela ser um colírio para os olhos.
Realmente, ela é uma das mulheres mais belas e desejadas da atualidade, mas
isso não torna seu trabalho bom o suficiente para chamar minha atenção sempre
que surge um filme novo. Tendo isto em mente, concordei em assistir Sob a Pele apenas quando me foi feita a
promessa de que Johansson apareceria pelada no filme. Sim, fui hipócrita. E me
ferrei.
Sob a Pele é um filme de arte dirigido
por Jonathan Glazer sobre uma alienígena que usa suas belas carnes (a pele
roubada de uma humana) para oferecer carona e seduzir homens, atraindo-os ao
seu “apartamento” e os matando em seguida. Após um tempo, ela passa a ter algumas
emoções humanas e tenta viver uma vida normal aos poucos. Enquanto isso, um homem
misterioso que a ajudou no começo da trama atravessa a Escócia de moto à sua
procura.
Não
bastasse a premissa esquisita, o filme, por ser de arte, é arrastadíssimo e
muito pouca coisa realmente acontece em 108 minutos de projeção. Há longas
sequências sem nenhuma forma de diálogo e, quando surgem, são normalmente
escassos ou monótonos. Muita coisa é deixada sem explicação e, pelas minhas
pesquisas, apenas quem leu o livro entendeu plenamente o filme, o que acho
inaceitável. Não sou obrigado a ler um livro para compreender um filme adaptado
dele, apesar de que minhas próprias interpretações não destoaram tanto do que é
explicado no material de origem, o qual pesquisei posteriormente.
Em
se tratando de cinematografia (Daniel Landin faz um ótimo trabalho com a
iluminação e os tons empregados às cores), as poucas boas cenas do filme
ocorrem dentro do “apartamento” de Johansson, onde ela tira a roupa e vai se
afastando, fazendo com que os homens, cachorrinhos que são, caminhem em direção
a ela, subsequentemente caindo em sua armadilha. Em certo momento, vemos o que
acontece quando dois deles estão presos nela. Um momento de certo humor em um exigente
exercício de paciência.
Nota: **
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